Ambidestria organizacional e governança inovadora
Antes de entendermos o que é a ambidestria organizacional, vale à pena retomarmos a etimologia da palavra ambidestria.
Com origem no latim “ambi”, que significa “ambos”; e “dext, que significa “certo”, o termo ambidestria nos remete à capacidade de sermos igualmente habilidosos com ambas as partes do corpo.
No contexto organizacional contemporâneo, em analogia ao mundo corporativo, a habilidade se refere à inteligência de cuidar do negócio atual e, ao mesmo tempo, olhar para negócios emergentes.
A ambidestria organizacional é, portanto, o caminho alternativo adotado pelas empresas contemporâneas na busca por transformações positivas para o negócio. Em vez de exercerem uma cultura organizacional predominantemente tradicional, voltada para um alto nível de monitoramento e controle, as empresas também passam a buscar inspirações em modelos mais ágeis de gestão, dando lugar a um ambiente mais colaborativo e propício a tentativas de erros e acertos.
Ambidestria organizacional e governança inovadora
A governança inovadora é uma estratégia de gestão adotada pelas empresas para implementar, de forma prática e rápida, a inovação, seja com foco em: aprimorar o que já funciona bem; explorar mercados adjacentes; ou criar negócios absolutamente novos.
Em meio à busca pela inovação, a gestão contemporânea não pode negar ou passar por cima da cultura organizacional da empresa, mesmo que ela seja mais tradicional.
É aí que entra o caminho alternativo da ambidestria organizacional, uma cultura em crescimento no Brasil, cada vez mais estimulada nas empresas em evolução.
Arquétipo da ambidestria organizacional de Arthur D. Little
O arquétipo da ambidestria organizacional de Arthur D. Little nos ajuda a entender as partes que precisam ser conjugadas para que essa inteligência funcione dentro das organizações.
De um lado, existe uma vocação maior por evolução, corporação, controle e monitoramento, escala, causa e efeito, otimização e custo; enquanto do outro, revolução, start-up, tentativa e erro, velocidade, causa e efeito, criar e avançar ditam o rumo, independente do risco.
O dilema está em unir ambas as partes, rumo à implantação de uma governança que estimule a inovação, respondendo à longevidade do negócio.
A implantação de um Comitê de Inovação orientada pela CH9 Consultores é uma solução para enfrentar esse dilema.